
DA PINTURA
Sempre foi para mim um fonte de mistério. Pelo que revelava ou eu achava que me revelava. Mais tarde porque me permitiu dar forma aos fantasmas que me consumiam por dentro. Depois, quando a escrita apareceu e comeu tudo à sua volta, desapareceu do mesmo modo: misteriosamente, como se nunca tivesse existido na minha vida.
Nos últimos tempos, enquanto aprendo técnicas de óleo, no meio de frutas e naturezas mortas revela-me um novo mistério. O de trazer da sombra ou da luz uma forma que sempre ali esteve. À espera de um pincel desajeitado, mas ainda assim, ansioso pelas pequenas revelações.
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